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AUTOESTIMA

  • 2 de jul. de 2019
  • 3 min de leitura

Atualizado: 3 de out. de 2022


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Existem estudos e experiências concretas que fortalecem ou diminuem a autoestima. A autoestima pode se definir como avaliação que a pessoa faz das suas experiências vividas, relações com as pessoas, e o que ela acha de si mesma.

As crianças formam sua autoestima a partir da maneira as quais foram constituídas pelo seu entorno ex: (pais, avós, tios, amigos, professores), sem autoestima é possível que você tenha postura e voz de uma pessoa sem valor, a consequência a médio e longo prazo poderá ser a instalação de um processo depressivo, em suma a autoestima pode determinar o seu fracasso, ou sucesso como pessoa.


Avaliar sua autoestima é uma a dica de autoconhecimento, e um termômetro para saber como está a saúde de suas relações interpessoais.


Muitas vezes a autoestima pode estar aderida a um conceito de emoção com um teor mais “estético “, um comportamento fantasioso atrelado a padrões pré-estabelecidos pela própria mídia de ditar regras de como nos sentir bem, ou estarmos bem se estivermos encaixados nesses padrões, gerando com muita frequência frustrações, angustias, tristezas e sensação de vazio, pois sabemos que nem sempre poderemos estar inseridos em biótipos diferentes , culturas ,civilizações diferentes das nossas ,seria uma busca ‘utópica” por uma perfeição inatingível para ser feliz , ou estar feliz com a autoestima.


Na ótica da psicanalise, e da psicologia alguns teóricos elucidam como funciona a autoestima num contexto mais pontual no que tange a formação da psique do indivíduo.


Jacques Lacan um psicanalista Francês acrescenta através da sua teoria, e experiências em manejos clínicos que o EU é constituído a partir do olhar do Outro. Quem já não presenciou o júbilo de um bebê quando tem cerca de seis meses ao descobrir sua imagem no espelho?


O “estádio do espelho “, cujo tema principal é a concepção da formação do eu através da imagem do seu próprio corpo. O espelho é usado por Lacan (1998) como uma metáfora que elucida um fenômeno que ocorre dos 6 a 18 meses de idade, no qual o outro faz a função do espelho, por nomear a imagem nele expressa. O estádio do espelho organiza-se em torno das identificações e das imagens; para tanto, é necessário entende-lo como uma identificação, a imagem de si é construída então, com suas relações afetivas significativas nos diferentes períodos de ciclo vital e nos diferentes espaços sócios culturais.


Com Winnicott iremos entender que se a pessoa que segura este bebê, não só neste momento, mas na vida, a pessoa constante em seus cuidados o vê como um SER especial, dotado de virtudes singulares e com uma personalidade própria, a base para a constituição da sua autoestima está solidificada.


Abraham Maslow, em sua hierarquia das necessidades humanas, descreve a necessidade de aprecio, que se divide em dois aspetos, o aprecio que se tem um mesmo (amor próprio, confiança, perícia, suficiência, etc.), e o respeito e estimativa que se recebe de outras pessoas (reconhecimento, aceitação, etc.). [

A expressão de apreço mais sã, segundo Maslow, é a que se manifesta «no respeito que lhe merecemos a outros, mais que o renome, a celebridade e a adulação»].


Martin Ross, desenvolve sua concepção da Autoestima, a partir de dois elementos: “as façanhas” e as “anti-façanhas”.


As façanhas são aquelas posses, circunstâncias, méritos, virtudes que lhe dão a oportunidade à pessoa de se sentir orgulhosa de si mesma, e que lhe fornecem prestígio social. A maneira de detectar uma façanha na vida quotidiana é ver se provoca “orgulho” ou desejo de fazer alarde, ou de presumir. Se há alguma situação, alguma parte de tua vida, alguma virtude que te dão vontades de ostentá-la, a exibir, mostrar a teus amigos, então é, sem dúvida, uma “façanha”.

As anti-façanhas, todo o contrário, são aquelas outras situações que provocam que o indivíduo se envergonhe, se autodespreze, se sinta menos valioso, e que lhe tiram também seu prestígio social. Aquelas derrotas, situações, circunstâncias, defeitos, que as umas pessoas lhe provocam desonra, lhe diminuem o ego, e lhe diminuem o respeito de seus pares e sua honra social, são “anti-façanhas”.


Alguns indivíduos chegam a vida adulta, com certos pilares mau resolvidos, amores sem profundidade, relações familiares frustradas, e muitas vezes sem amar a si próprio, um psicanalista com um manejo minucioso, poderá identificar esses fragmentos, e te ajudar em uma nova construção de si mesmo.

Contudo, é possível concluir que não existe “fórmulas mágicas” para aprender ter autoestima e se amar, é sabido que através das relações com outros indivíduos, e com as inúmeras experiências e infinitas possibilidades que a vida nos mostra a cada oportunidade, é que construímos nossa tão “sonhada “ autoestima, mas para isso é importante mergulhar em situações inéditas, lugares não visitados, novas cores e sabores. É necessário está aberto, e receptivo para permitirmos encontros fundamentais, com o outro, com a arte, com a vida.




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Referencias:


 
 
 

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